Década de paz em Angola é celebrada na Câmara
A independência de Angola, conquistada em 1975, foi seguida de um
sangrento confronto que durou 27 anos e custou a vida de meio milhão de
pessoas. Em abril de 2002, após a mediação de diversos países, incluindo o
Brasil, o governo angolano e os rebeldes da Unita (União Nacional para a
Independência Total de Angola) chegaram a um acordo de paz.
Esta primeira década de paz em Angola foi o tema de audiência pública,
com caráter de homenagem, na quarta-feira (4), da Comissão de Relações
Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, por iniciativa da deputada Janete Rocha
Pietá (PT-SP).
“É muito importante celebrar a paz, que se constrói a cada dia. Todos se
uniram na África em busca da liberdade, mas essa liberdade teve um preço.
Felizmente, foi construído o acordo de paz há dez anos e hoje podemos ver que
Angola e todos os países que lutaram contra o colonialismo são nações
independentes que atuam em prol da paz em todo o mundo”, disse Janete Pietá.
O deputado Edson Santos (PT-RJ), presidente do Grupo Parlamentar de
Amizade Brasil/Angola, ressaltou a importância da paz para o desenvolvimento de
Angola como nação livre. “Angola passou várias décadas numa situação de
conflito armado e estes últimos dez anos de paz foram fundamentais para que o
povo angolano possa se desenvolver. Por isso é importante que celebremos este
momento”, afirmou Santos.
“O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola e
essa homenagem hoje é mais do que justa com esse país com quem temos relações
tão estreitas”, lembrou a deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
Participaram da sessão o embaixador de Angola no Brasil, Nelson Manuel
Cosme, o conselheiro Pedro Cardoso, chefe da Divisão África III do Itamaraty, e
o secretário-executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial (SEPPIR), Mário Lisboa Theodoro.
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