quinta-feira, 12 de abril de 2012





Década de paz em Angola é celebrada na Câmara

A independência de Angola, conquistada em 1975, foi seguida de um sangrento confronto que durou 27 anos e custou a vida de meio milhão de pessoas. Em abril de 2002, após a mediação de diversos países, incluindo o Brasil, o governo angolano e os rebeldes da Unita (União Nacional para a Independência Total de Angola) chegaram a um acordo de paz. 
Esta primeira década de paz em Angola foi o tema de audiência pública, com caráter de homenagem, na quarta-feira (4), da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, por iniciativa da deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP).


“É muito importante celebrar a paz, que se constrói a cada dia. Todos se uniram na África em busca da liberdade, mas essa liberdade teve um preço. Felizmente, foi construído o acordo de paz há dez anos e hoje podemos ver que Angola e todos os países que lutaram contra o colonialismo são nações independentes que atuam em prol da paz em todo o mundo”, disse Janete Pietá.
O deputado Edson Santos (PT-RJ), presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil/Angola, ressaltou a importância da paz para o desenvolvimento de Angola como nação livre. “Angola passou várias décadas numa situação de conflito armado e estes últimos dez anos de paz foram fundamentais para que o povo angolano possa se desenvolver. Por isso é importante que celebremos este momento”, afirmou Santos.
“O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola e essa homenagem hoje é mais do que justa com esse país com quem temos relações tão estreitas”, lembrou a deputada Benedita da Silva (PT-RJ).
Participaram da sessão o embaixador de Angola no Brasil, Nelson Manuel Cosme, o conselheiro Pedro Cardoso, chefe da Divisão África III do Itamaraty, e o secretário-executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Mário Lisboa Theodoro.
Além destes, estiveram presentes embaixadores de diversos países africanos e latino-americanos, como Colômbia, Cuba, Guiné-Bissau, Moçambique, Timor Leste e Zimbábue.

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