domingo, 23 de setembro de 2012

Angola poderá sair da lista do Países Menos Avançados 
Apolinário Correia, representante de Angola junto da ONU e organizações internacionais
Apolinário Correia, representante de Angola junto da ONU e organizações internacionais

Genebra – O Comité das Políticas de Desenvolvimento do Conselho Social das Nações Unidas (CNUCED) anunciou hoje, em Genebra, que Angola se tornou candidata ao processo de graduação do Grupo de Países Menos Avançados da lista a ser aprovada em 2015 e integrar os (países) de Rendimento Médio.
 
Pelo facto, Angola foi recomendada pelo CNUCED para trabalhar no sentido de sair da lista de Países Menos Avançados (PMA), tendo em conta os progressos macro-económicos e sociais alcançados.
 
Segundo as normas, para que isto aconteça, os PMA deverão cumprir dois dos três critérios de elegibilidade, em valores limites superiores aos estabelecidos para a inclusão, ou ainda, havendo um nível elevado do Produto Nacional Bruto (PNB) per capita duas vezes maior que o valor estipulado para a inclusão, é suficiente para a exclusão da lista, mesmo que o país não tenha alcançado os valores necessários em nenhum dos outros dois critérios.
 
Estes dados foram avançados em Genebra, Suíça, durante a sessão especial no âmbito do 59º Conselho da CNUCED, sobre a graduação dos PMA.
 
Em Março último, na reunião do Comité de Políticas de Desenvolvimento da CNUCED, foi pela primeira vez considerado que Angola cumpre os critérios de elegibilidade para ser excluída da lista de Países Menos Avançados, cumprindo-se a primeira etapa de um longo processo, que iniciará em 2015 e poderá estender-se por mais três anos de transição para a sua integração no grupo de Países de Rendimento Médio.
 
O passo dado hoje consistiu no anúncio de Angola como país candidato ao processo de graduação do Grupo de Países Menos Avançados, da lista de países a ser aprovada em 2015.
 
Os critérios para que os países sejam candidatos à graduação dos PMA são o Produto Nacional Bruto (PNB) per capita, como indicador da capacidade de geração de rendimentos; Índice de Capital Humano (ICH), como indicador das reservas de capital humano; e Índice de Vulnerabilidade Económica (IVE), como indicador da vulnerabilidade económica a crises exógenas.
 
Durante a sessão de hoje da CNUCED, o Representante Permanente de Angola junto da ONU e Organizações Internacionais em Genebra, Embaixador Apolinário Correia, realçou o crescimento económico do país desde o alcance da paz em 2002, indicando que no período seguinte o PIB angolano cresceu em média cerca de 12 porcento.
 
Nas últimas três décadas, apenas três países saíram do grupo dos PMA, designadamente Botswana, Cabo Verde e Maldivas.

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