sexta-feira, 5 de outubro de 2012


Angola reúne condições para investimentos no sector vinícola - afirma especialista 

O especialista português Rui Falcão, membro da Comissão “Fine Wine Board” de Portugal, disse hoje, em Luanda, que o mercado angolano oferece boas condições para investimentos no sector vinícola, a julgar pelos elevados níveis de importações e consumo interno do produto.
Em entrevista à Angop, à margem de uma cerimônia de provas de vinho que decorreu numa das unidades hoteleiras da capital, o também júri internacional da matéria referiu que a aposta neste segmento empresarial poderá ser um passo seguro com vista a ajudar a diversificar e a crescer a economia nacional.
Aconselhou, entretanto, o Executivo e os empresários, em particular, a investirem na área por entender que pela sua dinâmica também é muito rentável. Contudo, apelou atenção especial para a qualidade, que a seu ver depende do paladar e do aroma e nunca do volume do álcool como muita gente pensa.
Apesar de não conhecer devidamente o mercado angolano, afirmou ser suficientemente maduro por fazer uso do produto há longos anos e com uma história rica.
“Angola é um mercado emergente, onde a cultura do vinho está a renascer, precisando apenas tornar-se mais maduro, com atividades de degustação” - opinou.
Sobre as razões da família Alentejo exportar preferencialmente as suas marcas a Angola, justificou com o fato de Angola ser o melhor mercado do vinho alentejano, aliado a laços históricos, culturais, afetivos e linguísticos, além de que no país interagem cidadãos de diferentes nacionalidades e culturas.  
De acordo com o especialista, para o sucesso no mercado, seja qual for o vinho, deve ser primeiramente bom, ter uma marca fácil de se reter e pronunciar, ter boa promoção e possuir características próprias.
Explicou, por outro lado, que até agora Angola só não tem uma adega para produção de vinhos alentejanos porque a marca é exclusiva do Alentejo.
“Os vinhos do Alentejo (uma região portuguesa) só podem ser feitos com uvas do Alentejo e por produtores que pertencem a uma associação da zona, logo torna-se impossível abrir-se fábricas ou investir-se em adegas da família Alentejo em Angola” – acrescentou, adiantando não conhecer qualquer marca de vinho angolano.
Promovida pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, a prova de vinhos do Alentejo contou com quase centena de apreciadores da bebida, entre hoteleiros, restauradores, proprietários de lojas especializadas, jornalistas, entre outros, e durou aproximadamente seis horas (começou às 15h00).
Durante o evento estiveram em prova mais de 150 vinhos de 27 produtores da região alentejana, que exportou a Angola, no ano passado (2011), mais de quatro milhões de litros de vinhos engarrafados da referida classe.

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