Robert Dossou |
Angola
é um exemplo de justiça constitucional em África
A
República de Angola é um exemplo de justiça constitucional no continente
africano, devido ao nascimento do Tribunal Constitucional (TC), que tem a
missão de assegurar os objetivos máximos da Carta Magna, impondo limites ao
exercício do poder, alargando deste modo o panorama democrático.
A
afirmação é do presidente da Conferência dos Órgãos Jurisdicionais
Constitucionais de África (CJCA), Robert
Dossou (foto), que discursava nesta quinta-feira no encerramento da II
reunião do Bureau Executivo dessa organização, que decorreu de 3 a 4 de Outubro
na capital do país.
Segundo
disse, a justiça constitucional representa uma peça fundamental para o
equilíbrio dos poderes do Estado, imprescindível a um Estado que se quer de
Direito e Angola, após longo período de guerra fratricida, conseguiu promover a
justiça constitucional no sentido do exame da constitucionalidade das leis,
como um elemento chave para a democracia, a proteção dos direitos humanos e o
Estado de direito.
“Angola deu-nos um bom exemplo, pois depois de um longo período de guerra o país conseguiu promover a sua estabilidade política. Nós partiremos com este bom exemplo, levando conosco lições úteis para que os nossos países possam se beneficiar”, sublinhou.
“Angola deu-nos um bom exemplo, pois depois de um longo período de guerra o país conseguiu promover a sua estabilidade política. Nós partiremos com este bom exemplo, levando conosco lições úteis para que os nossos países possam se beneficiar”, sublinhou.
Neste contexto,
frisou que o principal objetivo do CJCA é o fortalecimento da justiça
constitucional em África, que é um elemento essencial da democracia, do Estado
de direito e sobretudo da estabilidade das instituições.
“Partiremos
confiantes e com votos de esperança, com desejo de fortalecer ainda mais a
nossa organização, pois Angola enche o continente africano de esperança. Demos
mais um passo para que a justiça constitucional se estenda e se reforce,
dinamizando o continente africano”, sublinhou.
Durante a
reunião estiveram em debate, entre outras questões internas à organização e
funcionamento da CJCA, o balanço das atividades realizadas desde a sua criação,
quotas dos associados e os tipos de acordos a serem rubricados com instituições
congêneres internacionais.
O órgão,
criado na cidade de Argel (Argélia), em Maio de 2011, sob recomendação da União
Africana (UA), integra representantes de 25 tribunais constitucionais de
África, tendo como órgãos o Bureau Executivo, presidido pelo Benin, o
Congresso, o Secretariado-geral e outras estruturas de serviço.
A sua
criação visa apoiar a União Africana (UA) no debate, análise e busca de
soluções em questões relacionadas com a gestão de conflitos pós-eleitorais
(como o recente caso do Mali e Senegal), violações de direitos humanos, entre
outros problemas de fórum jurídico constitucional com dificuldade de resolução
no continente.
Fazem
parte deste órgão executivo, que se reuniu pela primeira vez em Junho de 2011,
Angola, Sudão, Mauritânia, Argélia, Senegal e Benin.
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