Ecos do Seminário "As Relações do Brasil com a África - Nova fronteira do o desenvolvimento Global
Por Antonio Lúcio
1 – Muito comentada a ausência da Secretária
da SEPPIR, com status de ministra, Luiza Bairros no evento, mas foi importante
a presença de personalidades negras ligadas ao governo, como o Dr. Ivair
Augusto Alves dos Santos e outras que já deixaram de prestar colaboração aos
órgãos públicos, como Carlos Alves Moura e Eloí Ferreira, ambos na FCP.
2 – Quem circulou com desenvoltura durante o
evento foi a deputada federal Benedita da Silva e criticada a ausência de
outros parlamentares integrantes da Frente Parlamentar Afro-Brasileira da
Câmara dos Deputados.
3 – Aplaudidíssima e muito comentada a
desenvoltura do embaixador da República de Angola, Nelson Cosme, que presidiu
os 3 Painéis do seminário e comentou ao encerramento de cada um, as observações
por ele realizadas durante a fala de cada um dos participantes.
4 – Foram disputados com ansiedade os
informativos da Câmara de Comércio Afro-Brasileira-AFROCHAMBER, sobre suas
atividades executadas ao longo dos 40 anos da sua atuação como fomentadora das
relações empresariais do Brasil com os países do Continente Africano.
5 – A estonteante beleza, aliada a incrível
elegância feminina da representante da República do Burundi, em Brasília, tomou
conta do recinto do seminário e foi um colírio para os olhos dos participantes
do evento.
6 – O Decano dos Embaixadores dos países
africanos acreditados junto ao governo brasileiro, Thomas Sukutai Bvuma, Embaixador do Zimbabwe no Brasil, foi a autoridade diplomática mais
referenciada e cumprimentada por todos os palestrantes do evento, pela
iniciativa de ao lado do embaixador da República do Benin, Isidore Monsi, realizar o seminário patrocinado por empresas
brasileiras que atuam no Continente Africano e referendado pela Confederação
Nacional da Indústria-CNI.
7) O embaixador do Benin, Isidore Monsi, considerou
a realização do Seminário um passo relevante no esforço com o objetivo de
aprofundar o conhecimento dos brasileiros sobre os países africanos e dos
africanos em relação ao Brasil: “nós africanos e brasileiros compartilhamos do
pensamento de que somos países irmãos, comungamos valores, ideias, posições
comuns. Sabemos da importância de trabalhar pelo fortalecimento das nossas
relações bilaterais envolvendo não apenas nossos governos mas sobretudo o setor
privado”.
Para o embaixador Monsi, “o principal objetivo do
Seminário é apresentar aos brasileiros as extraordinárias oportunidades de
negócios oferecidas pela África. Mas é também mostrar quais são hoje os grandes
desafios existentes no âmbito da cooperação econômica e comercial entre os
países africanos e o Brasil. Sem dúvida, temos muito a realizar e para fazê-lo
é fundamental que aumentemos o conhecimento recíproco sobre nossas realidades,
nossos problemas e também nossas oportunidades”
O embaixador do Benin revela que os embaixadores
africanos em Brasília vêem na realização de eventos como o Seminário
“Brasil-África, a Nova Fronteira para o Desenvolvimento Global” uma
oportunidade extraordinária de oferecer aos brasileiros um melhor conhecimento
sobre a África.
Segundo ele, “a África não é só um país. Somos quase
55 países e eles como um todo e cada um em especial têm muito a compartilhar
com o Brasil. O Seminário será uma ocasião importante de se mostrar uma África
plural, atraente e que pode oferecer excelentes oportunidades de negócios aos
empresários brasileiros. Assim, o objetivo principal do evento é atrair a
atenção do povo, das autoridades e dos homens de negócios braseiros sobre a
África”.
8) – A maior louvação e aplausos durante o evento
ficaram para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou para o
encerramento do seminário acompanhado do escudeiro-mídia Franklin Martins, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da
República
durante seu governo. Durante sua palestra o ex-presidente ressaltou que as
empresas brasileiras devem "vender seu peixe" em países africanos e
disse que o país deve atuar como um "mascate". A surpresa de muitos e
para mim também, foi o ex-mandatário brasileiro me chamar ao seu lado e me
cumprimentar com um efusivo abraço.
Na despedida da Conferência Africa, o
embaixador do Zimbábue, Thomas Bvuma, expressou o sentimento dos colegas.
"Nós amamos você e sentimos sua falta, Lula. Você elevou os embaixadores
africanos de dogs vira-latas para dogs de estimação"
O ex-Presidente Lula em sua fala aos presente no encerramento do seminário |
9 – Na
sequência do seminário e seu encerramento, o ex-Presidente Lula foi homenageado
pelo Grupo dos Embaixadores Africanos com um jantar na
residência do embaixador do Quênia no Brasil, Peter Kirimi Kaberia.
Recebido por
embaixadores africanos para um jantar, na quarta-feira,- aos gritos de
"olé, olê, olá, Lula, Lula", o ex-presidente Lula disse que o
candidato a presidência Aécio Neves, peca pelo
"esquecimento"."Aécio está copiando o slogan da Dilma
(“País rico é País
sem inflação”), mas se esquece da inflação que esse País já teve
com eles" , disse Lula, à saída do jantar em sua homenagem, na Embaixada
do Quênia. O PT vai mostrar na campanha de Dilma à reeleição, em 2014, que a
média anual de inflação nos dez anos do governo petista foi de 6,04%, enquanto
nos oito da administração Fernando Henrique Cardoso ficou em 9,24%.Bem-humorado
e saudado com tapinhas nas costas pelos africanos, Lula não se importou nem
mesmo com a falta de energia na embaixada, provocada por uma pane elétrica.
"Apesar de eu falar sempre do programa Luz para Todos, faltou luz aqui
hoje, mas, possivelmente, o embaixador Kirimi (Peter Kirimy do Quênia) queria
que a gente tivesse um jantar à luz de velas", brincou o ex-presidente,
que, antes de retornar a São Paulo, ontem, tomou café da manhã com Dilma, no
Alvorada.
Lula ficou vermelho quando o embaixador do Benin,
Isidore Benjamin Amédée Monsi, o chamou de "nosso presidente" e puxou
o refrão "Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula", num português carregado de
sotaque francês.
Ao lembrar que Dilma participará, amanhã, da festa
dos 50 anos da União Africana, na Etiópia, Lula garantiu que todos terão uma
"surpresa agradabilíssima" quando ela voltar, porque as relações
entre Brasil e países africanos vai aumentar muito. "Aí, ao invés de
dizerem que teve um presidente que gostava da África, vocês vão dizer que foram
dois", afirmou, sob aplausos. "Dilma foi a Londres, conhece Nova
York, vai em outubro a Washington, mas tenho a convicção de que ela voltará de
Adis Abeba mais africana do que eu. A viagem vai fazer um bem extraordinário à
cabeça dela", emendou.
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