O País perde Augusto
Omolú
A morte prematura do bailarino baiano chocou a comunidade artística do
país e deixou um vazio na cultura brasileira |
A
cultura brasileira perde um dos maiores atores, bailarinos e coreógrafos negros
do país, Augusto Omolú (50). Durante os últimos 30 anos, Augusto dedicou a vida
à preservação da arte afro-brasileira, por meio da dança forte e vibrante,
construída a partir de elementos da ancestralidade africana, mesclando o
bailado dos orixás e a ginga da capoeira.
Reconhecido
internacionalmente, o artista atuava como professor assistente do Balé Teatro
Castro Alves (BTCA), onde ministrava aulas de qualificação profissional e
dramaturgia. Omolú foi um dos fundadores da Escola de Dança da Fundação
Cultural do Estado da Bahia (Funceb), em 1988, montou a primeira coreografia do
Balé Folclórico da Bahia, Dança de Origem. Viveu na Dinamarca, como membro do
Odin Teatret, uma das mais importantes e respeitadas companhias teatrais do
mundo, e retornou ao Brasil há cerca de dois anos.
“A
Fundação Cultural Palmares lamenta profundamente a morte prematura deste que é
um dos ícones da arte e da cultura negra. Nos solidarizamos com os familiares e
toda classe artística baiana. O Brasil perde um artista comprometido com as
questões negras, um bailarino precioso e extraordinário”, diz o presidente da
FCP, Hilton Cobra.
A
violência, recorrente nas grandes cidades brasileiras, vitimou Augusto Omolú na
madrugada de domingo, 2 de junho, em Lauro de Freitas, região metropolitana de
Salvador/BA.
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