terça-feira, 6 de março de 2012


História do 8 de Março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecido, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho de 16 para dez horas diárias, equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. 
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca ficou decidido que 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1.857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data 
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. 
Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história. 
Conquistas das Mulheres Brasileiras
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e Legislativo, e hoje temos uma “Presidenta da República, Dilma Roussef, várias Ministras de Estado e outras tantas mulheres ocupando cargos de direção de empresas estatais e privadas. 
A Mulher Angolana
O  dia dois de Março é dia consagrado à mulher angolana, em reconhecimento ao seu papel desempenhado na luta de resistência do povo angolano contra a ocupação colonial portuguesa.
 A efeméride, de particular importância, não só para as mulheres, mas também para os restantes membros da sociedade, deve-se ainda ao reconhecimento por si prestado e que, com coragem, determinação e com o preço das suas vidas, contribuíram para que Angola fosse hoje um país livre e independente.
A mulher angolana desempenhou sempre um papel de destaque no processo de libertação do país, com exemplos representativos dos feitos heroicos da Rainha Ginga Mbandi, num passado longínquo, e de Deolinda Rodrigues, Irene Cohen, Engrácia dos Santos, Teresa Afonso, Lucrécia Paim e outras anônimas.
É imprescindível que o Estado continua a apoiar à luta pela erradicação de atitudes que contrastem com a importância do papel social da mulher ou que violem os seus direitos individuais e coletivos, criando condições para a sua proteção.
No caso vertente da República de Angola, e não obstante as conquistas alcançadas, há a consciência de que a mulher angolana continua ainda a enfrentar inúmeros problemas para a sua plena emancipação.
O alto grau de analfabetismo, a desigualdade nas oportunidades de emprego e de ascensão sócio profissional, a persistência da violência no lar, que atinge essencialmente as mulheres e os filhos, são alguns dos muitos problemas para os quais a sociedade civil deverá prestar uma atenção especial.
A data, de relevante importância para o povo angolano, comemora-se num momento em que se consolida a paz, a reconstrução nacional, se começa a dar os primeiros frutos e a sociedade caminha, de forma irreversível, para um maior equilíbrio do gênero em todos os níveis da estrutura social e do Estado.
Organização da Mulher Angolana (OMA), criada em 1962 como ala feminina do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), teve uma influência crucial no apoio às forças guerrilheiras dentro e fora de Angola.
 Fonte: suapesquisa.com ( Brasil) e ANGOP ( Angola)

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