sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Venha conhecer a cultura angolana




No próximo dia 30, a prefeitura de São Paulo recebe a segunda edição da exposição fotográfica “Mulher Angolana – Ao Encontro do Desenvolvimento Sustentável?”, desenvolvida pelo The Planet Earth Institute (PEI), organização não governamental que implementou seu Centro Regional no Brasil em 2011, e promovida pelo Banco Espírito Santo Angola em parceria com a World Press Photo (WPP). O evento conta com o apoio da Coordenadoria da Mulher, braço da Secretaria de Participação e Parceria da Prefeitura de São Paulo.

De caráter itinerante, a mostra defende a importância da mulher na sociedade e faz parte de uma série de iniciativas do PEI para reforçar alguns dos temas científicos difundidos pelo Instituto, como a igualdade de gênero. A exposição conta com 34 cubos com fotos de mulheres angolanas das mais diversas classes sociais, entre elas ministras, médicas, professoras, donas de casa e ambulantes.

A exposição é resultado de um workshop realizado durante o concurso anual de fotografia promovido pelo Banco Espírito Santo Angola e a World Press Photo (WPP). Oito fotógrafos angolanos que participavam do evento, receberam o desafio de ilustrar o tema Mulher Angolana.

Além da mostra, as fotos também foram compiladas em um livro com o mesmo título. A exposição iniciará a sua “volta ao mundo” em São Paulo, viajando depois para outros estados brasileiros e, por fim, para a sede da Unesco em Paris e outros países da Europa, América e África.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Investimentos brasileiros em Moçambique ultrapassam quatro bilhões de euros



Os investimento brasileiros em Moçambique são ligeiramente superiores a quatro bilhões de euros, a maioria dos quais promovidos pela mineira Vale, revelou, segunda-feira(23), o embaixador cessante daquele país em Maputo, Antônio de Sousa e Silva.
Falando na apresentação de cumprimentos de despedida ao Presidente moçambicano, Armando Guebuza, o diplomata brasileiro revelou que a Vale, que detém uma das maiores minas de carvão do mundo na província de Tete, centro, domina os investimentos do seu país, com cerca de 3,8 bilhões de euros.
A cooperação bilateral nos últimos quatro anos ganhou mais densidade, ritmo. O importante é continuar trabalhando e ao invés de fazer muitas coisas, concentrarmo-nos em menos coisas, mas melhores, disse Antonio de Souza e Silva.
O diplomata brasileiro revelou que a muito é aguardada a fábrica de anti-retrovirais que o governo federal esta financiando em Moçambique que deverá começar a funcionar entre julho e agosto deste ano.
“As obras dentro da fábrica estão prontas agora em fevereiro e a partir de fevereiro ou março começam a instalar-se os equipamentos, devendo a fábrica começar operar em julho ou agosto, disse Souza e Silva.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

PERSONALIDADE DO ANO 2011


Ministra Eliana Calmon, Corregedora Nacional de Justiça Por sua obstinada atuação para moralizar o Poder Judiciário. _______________________________________________________________________________________________
Salve Eliana Calmon, a Justiça agradece
A melhor notícia de 2012 até agora é a mesma de 2011: apareceu alguém com coragem para abrir a caixa-preta da Justiça brasileira e acabar com a impunidade dos meritíssimos que se julgam acima da lei.
Colocada na parede pelo corporativismo das associações de magistrados e por alguns membros do Supremo Tribunal Federal, no final do ano passado, a ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça, não esperou muito tempo para voltar à luta e dar a sua resposta.
Antes da segunda semana do ano chegar ao final, ela encaminhou relatório ao Supremo Tribunal Federal, em resposta às informações solicitadas em dezembro pelo ministro Ricardo Lewandowski ao suspender as investigações da corregedoria do Conselho Nacional de Justiça.
Calmon anexou ao relatório os resultados do rastreamento feito pelo Coaf, orgão de inteligência do Ministério da Fazenda, que descobriu R$ 856 milhões em "operações financeiras atípicas" (R$ 274 milhões em dinheiro vivo) feitas por 3.426 juízes e servidores no período entre 2000 e 2010.
Está explicado o motivo da revolta de alguns setores do Judiciário, especialmente em São Paulo, por onde começou a fiscalização, contra a corregedora Eliana Calmon, que no ano passado denunciou a existência de "bandidos de toga" e foi acusada por uma quebra generalizada de sigilos fiscal e bancário, o que ela nega veementemente em seu relatório de 46 páginas e nove anexos.
Só nesta quinta-feira, no mesmo dia em que a Corregedoria Nacional de Justiça divulgou que 45% dos magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo não entregaram suas declarações de renda e de bens de 2009 e 2010, o novo presidente do TJ-SP, Ivan Sartori, deu um prazo de 30 dias para que todos cumpram a lei.
O levantamento do Coaf começou a ser feito em 2010, quando a baiana Eliana Calmon Alves, 67 anos, assumiu a corregedoria nacional do CNJ (seu mandato vai até setembro deste ano). Foram pesquisados os nomes de 216 mil servidores.
No relatorio entregue ao STF, a corregedora deixa claro que "atipicidade" não significa crime ou irregularidade, mas a necessidade de dar sequência às investigações sobre as movimentações financeiras destes magistrados.
"Não há nada de incomum ou extravagante na fiscalização (...) Alguns tribunais, em especial os estaduais, não observavam o cumprimento de preceitos fundamentais, diversamente dos demais tribunais (federais e trabalhistas)", justificou a ministra.
Agora, quando os onze membros do STF voltarem das férias, em fevereiro, e forem julgar a liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello, após a última sessão da Corte em 2011, praticamente suspendendo as atividades da corregedoria, eles terão novas informações para o julgamento definitivo sobre as atribuições do Conselho Nacional de Justiça.
A depender desta decisão, a absoluta maioria dos magistrados brasileiros certamente agradecerá à competente e destemida ministra Eliana Calmon, símbolo da brava gente brasileira, pelo resgate da imagem do Judiciário, abalada ultimamente pela denúncia de malfeitos diversos, defesa de privilégios e irregularidades na concessão de benefícios.
Salve Eliana Calmon, a Justiça brasileira agradece a sua coragem.

Presidente Dilma pede investigação de hospitais que atenderam secretário Duvainer

A presidente Dilma Rousseff pediu que o ministro Alexandre Padilha (Saúde) apure dois hospitais particulares de Brasília para saber se houve negligência no atendimento do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvainer Paiva Ferreira, que morreu na madrugada desta quinta (19).


SECRETÁRIO MORREU NA NOITE DE QUINTA-FEIRA
Padilha teria acionado a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para analisar o caso. Ferreira era responsável pelas interlocuções do governo com representantes dos servidores públicos. Ele teve um infarto aos 56 anos e deve ser enterrado nesta sexta (20), em São Paulo. Ainda na quinta-feira, o Blog do Planalto soltou uma nota da presidente Dilma lamentando o falecimento de Ferreira. “Sua inteligência, dedicação e capacidade de trabalho farão muita falta à nossa administração. Consternada com a notícia da sua perda, envio meu abraço solidário a seus amigos, familiares e colegas de trabalho”, afirma Dilma.
Também na quinta-feira, o Ministério do Planejamento soltou uma nota, afirmando que o secretário "tinha total confiança da ministra Miriam Belchior como condutor das relações de trabalho do governo com os servidores".
Ferreira nasceu em São Paulo, em 6 de fevereiro de 1955, e, desde junho de 2007, ocupava o cargo de secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento. Entre outros postos, ele já foi chefe de Gabinete da Secretaria de Gestão Pública da Prefeitura de São Paulo, assessor da Presidência da Infraero, assessor político da Executiva Nacional da CUT, secretário de Formação da CUT Estadual em São Paulo e professor na Rede Municipal de Ensino da Prefeitura de São Paulo.

A serviço da treva

Âncora do Jornal Nacional da Globo, William Bonner espera ser assistido por um cidadão o mais possível parecido com Homer Simpson, aquele beócio americano. Arrisco-me a crer que Pedro Bial, âncora do Big Brother, espere a audiência da classe média nativa. Ou por outra, ele apostaria desabridamente no Brasil, ao contrário do colega do JN. Se assim for, receio que não se engane.


É que a Globo procura. Achou Daniel, que tem o mérito de ser contra as cotas. Foto: Frederico Rozário/TV Globo
Houve nos últimos tempos progressos em termos de inclusão social de sorte a sugerir aos sedentos por frases feitas o surgimento de uma “nova classe média”. Não ouso aconselhar-me com meus carentes botões a respeito da validade dos critérios pelos quais alguém saído da pobreza se torna pequeno burguês. Tanto eles quanto eu sabemos que para atingir certos níveis no Brasil de hoje basta alcançar uma renda familiar de cerca de 3 mil reais, ou possuir celular e microcomputador.
Tampouco pergunto aos botões o que há de “médio” neste gênero de situações econômicas entre quem ganha salário mínimo, e até menos, e, digamos, os donos de apartamentos de mil metros quadrados de construção, e mais ainda. Poupo-os e poupo-me. Que venha a inclusão, e que se aprofunde, mas est modus in rebus. Se, de um lado, o desequilíbrio social ainda é espantoso, do outro cabe discutir o que significa exatamente figurar nesta ou naquela classe. Quer dizer, que implicações acarreta, ou deveria acarretar.
Aí está uma das peculiaridades do País, a par do egoísmo feroz da chamada elite, da ausência de um verdadeiro Estado de Bem-Estar Social etc. etc. Insisto em um tema recorrente neste espaço, o fato de que os efeitos da revolução burguesa de 1789 não transpuseram a barreira dos Pireneus e não chegaram até nós. E não chegou à percepção de consequências de outros momentos históricos também importantes. Por exemplo. Alastrou-se a crença no irremediável fracasso do dito socialismo real. Ocorre, porém, que a presença do império soviético condicionou o mundo décadas a fio, fortaleceu a esquerda ocidental e gerou mudanças profundas e benéficas, sublinho benéficas, em matéria de inclusão social. No período, muitos anéis desprenderam-se de inúmeros dedos graúdos.
A ampliação da nossa “classe média”, ou seja, a razoável multiplicação dos consumidores, é benfazeja do ponto de vista estritamente econômico, mas cultural não é, pelo menos por enquanto, ao contrário do que se deu nos países europeus e nos Estados Unidos depois da Revolução Francesa. De vários ângulos, ainda estacionamos na Idade Média e não nos faltam os castelões e os servos da gleba, e quem se julga cidadão acredita nos editoriais dos jornalões, nas invenções de Veja, no noticiário do Jornal Nacional. Ah, sim, muitos assistem ao Big Brother.
Estes não sabem da sua própria terra e dos seus patrícios, neste país de uma classe média que não está no meio e passivamente digere versões e encenações midiáticas. Desde as colunas sociais há mais de um século extintas pela imprensa do mundo contemporâneo até programas como Mulheres Ricas, da TV Bandeirantes. Ali as damas protagonistas substituíram a Coca e o Guaraná pelo champanhe Cristal. Quanto ao Big Brother, é de fonte excelente a informação de que a produção queria um “negro bem-sucedido”, crítico das cotas previstas pelas políticas de ação afirmativa contra o racismo. Submetido no ar a uma veloz sabatina no dia da estreia, Daniel Echaniz, o negro desejado, declarou-se contrário às cotas e ganhou as palmas febris dos parceiros brancos e do âncora Pedro Bial.
A Globo, em todas as suas manifestações, condena as cotas e não hesita em estender sua oposição às telenovelas e até ao Big Brother. E não é que este Daniel, talvez negro da alma branca, é expulso do programa do nosso inefável Bial? Por não ter cumprido algum procedimento-padrão, como a emissora comunica, de fato acusado de estuprar supostamente uma colega de aventura global, como a concorrência divulga. Há quem se preocupe com a legislação que no Brasil contempla o específico tema do estupro. Convém, contudo, atentar também para outro aspecto.
A questão das cotas é coisa séria, e quem gostaria de saber mais a respeito, inteire-se com proveito dos trabalhos da GEMAA, coordenados pelo professor João Feres Jr., da Universidade do Estado do Rio de Janeiro: o site deste Grupo de Estudos oferece conteúdo sobre políticas de ação afirmativa contra o racismo. Seria lamentável se Daniel tivesse cometido o crime hediondo. Ainda assim, o programa é altamente representativo do nível cultural da velha e da nova classe média, e nem se fale dos nababos. Já a organização do nosso colega Roberto Marinho e seu Grande Irmão não são menos representativos de uma mídia a serviço da treva. •

S O N H O DE UM S O N H O



“Sonhei// Que estava sonhando um sonho sonhado // O sonho de um sonho Magnetizado // As mentes abertas // Sem bicos calados // Juventude alerta // Os seres alados // Sonho meu // Eu sonhava que sonhava // Sonhei (...) “
Martinho José Ferreira, o da Vila
Por - Antonio Lucio

Muito mais, muito mais mesmo, que uma simples mudança de nome ou a transposição de um cargo político para um cargo administrativo, a sugestão do ex-presidente Lula para a que presidente Dilma Roussef nomeie o senador Paulo Paim (PT/RS) para ocupar a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, com status de Ministério, feita na semana passada em São Paulo, quando discutiram os detalhes da reforma no primeiro escalão, o assunto vai muito além da euforia da comunidade negra por um possível aproveitamento do político gaúcho no cargo atualmente ocupado pela desprestigiada e arrogante militante política petista negra Luiza Bairros.
Paulo Paim, em sua trajetória política sempre alimentou o sonho de que um dia, neste país “rico”, mas ainda com muita miséria, a classe trabalhadora, os aposentados e pensionistas possam ter seus direitos reconhecidos e ou ampliados para poder desfrutar dias melhores ao lado de seus familiares. O sonho sonhado continua e alguns políticos querem, porque querem, que sua batalha tenha um freio e não consiga obter resultados positivos para a luta que sempre encetou como sindicalista, deputado federal ou senador, pois sempre foi motivo de dor de cabeça para o Planalto ao defender no passado reajustes maiores para o salário mínimo e para o benefício dos aposentados.
A movimentação política parlamentar de Paulo Paim no Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado, como integrante das duas casas, sempre interessou a uma grande parcela da população brasileira e a presença do seu nome nos mais diversos rincões do país, preocupa de uma maneira geral a classe política que não vê com nos olhares os apoios que o político gaúcho recebe nos mais diversos locais por onde circula, ainda que partiicularmente ele não gosta e não quer ser tratado como “estrela” no universo político brasileiro, mas o nobre parlamentar não pode impedir que cada um que visualize sua imagem ou lhe aperte a mão, sem puxasaquismo ou sem demagogia, tenha um sonho sonhado de ver um novo horizonte para o reconhecimento dos seus direitos como brasileira ou brasileiro.
Em cada ano político por excelência, de realização de eleições majoritárias e ou proporcionais, o brasileiro tem o sonho de ver realmente concretizado a defesa dos seus interesses debatidos durante as campanhas eleitorais por alguns candidatos, mas passada a realização do pleitos com a posse dos eleitos observam no dia a dia que seu sonho vai se esvaindo nos desvãos da política brasileira, mas continua sonhando.
No canto das minhas atividades, no ano de 2009, recebo convite para comemorar na capital gaúcha a passagem de mais um aniversário de Paulo Paim e de caso e atitudes bem pensadas após a publicação pela revista ÉPOCA de uma matéria sobre uma possível pré-candidatura do político gaucho à Presidência da República, embarco para Porto Alegre em 22 de março de 2009, de coração aberto e com pensamento voltado para o texto inserido na revista semanal, levando comigo alguns rascunhos do que poderia ser o início de uma campanha do parlamentar como pré-candidato a cadeira número 1 do Palácio do Planalto, assim como, formulários de uma pesquisa por mim elaborado sobre qual seria o melhor nome de políticos petistas naquele momento, que poderiam ser indicados para disputar o pleito eleitoral de 2010.
Desembarco em Porto Alegre para participar das comemorações do aniversário do senador Paulo Paim, com um “botton” colocado no meu paletó alusivo a surpresa que pretendia fazer a ele, para engrossar seu nome como um possível candidato a Presidente da República nas eleições de 2010, quando na saída da aeronave sou olhado atentamente por uma senhora que não tirava os olhos do botton e na chegada à sala de desembarque me aborda:> Moço, qual é a sua religião? pergunto o porque da interrogação e ela continua:> Duas coisas me chamaram a atenção ainda dentro do avião, sua pulseirinha no braço esquerdo e este botton no seu paletó. Agradeço a observação e respondo:> a minha religiosidade é o Culto Africano, ela me olha atentamente e continua:> Sem me aprofundar eu respeito todas as religiões, mas quanto ao botton quero dizer ao senhor que este moço que está nele poderá ser a opção do presidente Lula para ser o candidato a Presidente da República. Daqui até lá, muita coisa vai acontecer e se o senhor der um botton para mim, vou agradecer muito, tirei do bolso um exemplar e a condecorei, lembrando-me na despedia:> lembre sempre o que lhe falei.
Encontrei no saguão do Aeroporto Salgado Filho com o Gilberto Silveira e o Ivan Braz, militantes políticos negros que me recepcionaram para levar até o local do recinto onde foi realizada a magnífica festa em homenagem pela passagem do aniversário do destemido e lutador parlamentar gaúcho, o senador Paulo Paim, com uma presença maciça de gaúchos que lotou o Galpão Criolo. Cumprimentei meu irmão de raça, revi amigos como os membros da família do jurista negro Ernani Machado, conheci novas pessoas naquela multidão que lá estava, mas passei o dia remoendo o inesperado encontro com a curiosa passageira que de Porto Alegre ainda seguiria para Curitiba, observando as manifestações de apoio a luta de Paulo Paim através de diversas faixas de entidades representativas da sociedade civil, os discursos de políticos, destacando-se o senador piauiense “Mão Santa” e quando no recinto do evento condecorei o filho de Canoas com o botton alusivo a sua possível pré-candidatura a Presidência da República e lhe entreguei os cartazes alusivos ao mesmo fato, ele se emocionou, verteu algumas lágrimas e emocionado me agradeceu dizendo:> Você veio de São Paulo para mexer com o meu coração, muito obrigado pela deferência. Não vou esquecer, e saiu de mesa em mesa cumprimentando os comensais participantes do almoço supimpa que lá foram prestigiá-lo.
A noite, saindo do recinto do evento para o aeroporto da capital gaúcha, ao me despedir de Paulo Paim, tive vontade de reportar a fala da passageira do vôo de chegada a Porto Alegre e desde o meu embarque para o retorno a Sampa, vim remoendo suas palavras e antes do desembarque em Cumbica, um pensamento se fez presente, me levando de volta ao passado:> Será a mesma premonição sobre Tancredo Neves, por mim realizada em julho e agosto de 1984, quando escrevi alguns textos enfatizando que o político mineiro iria ganhar a primeira eleição direta para Presidente da República depois de 20 anos de regime militar, mas não tomaria posse. Estremeci, deixando o pensamento premonitório de lado e rumei para o meu merecido descanso após o bate e volta São Paulo/Porto Alegre/São Paulo, no mesmo dia.
De olho no pleito sucessório de 2014, o ex-presidente da República traçou uma estratégia para a sua volta para o Palácio do Planalto e quer porque quer, que o político gaúcho não seja uma pedra no caminho de quem disputar o embate daquele ano em nome do partido criado nas lutas sérias de Vila Euclides, pois não esquece que um ano antes da decisão de se escolher a atual mandatária da Nação como candidata, pois Paulo Paim, que na sua trajetória política sempre alimentou o sonho de que um dia, neste país “rico”, mas ainda com muita miséria, a classe trabalhadora, os aposentados e pensionistas possam ter seus direitos reconhecidos e ou ampliados, peregrinou pelo Brasil afora para disputar como pré-candidato o direito de ser candidato petista à Presidência da República, recebeu apoio os mais variados de segmentos da sociedade civil e assustou os mentores da campanha sucessória de 2010. Paim, afastado do mandato parlamentar para ocupar um cargo no Executivo, sofreria o desgaste popular natural que a atual SEPPIR oferece aos seus ocupantes e ficaria praticamente impedido de uma possível prévia partidária para a indicação do nome que será ungido para a disputa eleitoral sucessória de 2014, sem contar com o repúdio da comunidade negra brasileira, que nos dias atuais não tem um político negro respeitável e respeitado no cenário político nacional.