quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Cientistas africanas homenageadas




Varias destacadas mulheres cientistas de Africa foram honradas numa cerimonia que assinalou a fundacao de uma nova Universidade Pan Africana que vai estar presente em cinco países.
Os Premios de Ciencia Kwame Nkrumah de 2011 foram para sete mulheres pelas suas extraordinarias realizacoes e valiosas descobertas cientificas.
Etheresia Pretorius, da Africa do Sul, venceu o premio pelas suas investigacoes em microscopio electronico de inflamacoes no corpo humano. Ela classifica a microscopia como um campo aberto porque e uma técnica antiga, muitas vezes minimizada por cientistas que olham para algo mais excitante para investigar:
“Eu tento usar as tecnicas de microscopia para encontrar algo novo, algo que possa ser usado como um instrumento de pesquisa, um barato instrumento de pesquisa para detectar doencas muito antes de serem visiveis no ser humano.”
Etheresia Pretorius disse a VOA que tenciona usar grande parte do seu premio monetario para dar a orfas na sua cidade natal, Pretoria, a possibilidade de explorarem possiveis carreiras nas areas das ciencias.
Entre as outras vencedores incluem-se Rose Gan Fomban Leke, dos Camaroes, pelas suas investigacoes sobre a prevencao da malaria e outras infeccoes de parasitas, e Ebtehal El-Demerdash, do Egipto, pelas suas investigacoes sobre modernos medicamentos utilizados para tratar formas de cancro mais resistentes a quimoterapia.
Dosso Mireille Carmen, da Costa do Marfim, foi escolhida pelos seus estudos sobre vigilancia epidemiologica de doencas infecciosas. Kakou Yao Rita, tambem da Costa do Marfim, venceu o premio pelas suas contribuicoes para o entendimento da espectroscopia infravermelha e cristalografia.
Maureen Coetzee, da Africa do Sul, uma entomologista de renome mundial, foi reconhecida pelas suas investigacoes sobre a malaria, incluindo a resistencia a insecticidas e novas formas de controlar aquela doenca tropical. Nermin El Semary, do Egipto, foi nomeada pelas suas investigacoes sobre aspectos biotecnicos de micro algas.
Os premios foram entregues durante uma cerimonia que estabeleceu uma nova Universidade Pan Africana, que tera cinco campus, cada um especializado numa area especifica da ciencia.
Um colegio dedicado a ciencia espacial ficara na Africa do Sul, um de ciencias da agua e energia na Argelia, e uma instituicao para o estudo de ciencias basicas, tecnologia e inovacao ficara albergado na Universidade Jomo Kenyatta, no Quenia.
A Universidade de Ibadan, na Nigeria, vai ficar com uma faculdade para as ciencias da vida e da terra, e a Universidade de Yaounde, nos Camaroes, tera a faculdade para a governacao, humanidades e ciencias sociais.
União Europeia irá financiar uma grande parte do projeto da Universidade Pan Africana. A ideia adjacente ao financiamento e a de criar um ambiente europeu onde universidades africanas atraiam estudantes de todo o continente africano
Fonte: VOANEWS
 

Réquiem para CISE


Nossa Cesária “encantou-se”, como diria Guimarães Rosa.
E digo nossa, porque sua voz morna, de timbre ímpar e ao mesmo tempo de potência uterina, é hoje o maior bilhete de identidade crioulo e, todavia, é emoção do mundo.
Cabo Verde sabe compartilhar.
Encantada, a mulher do povo, lavadeira de pés de Portinari plantados no chão das ilhas, soube encantar o chão dos palcos com a simplicidade da arte tradicional de um pequeno país que, por sua voz e sua arte, fez-se e se faz grande.
No mar azul, singrou e atravessou fronteiras, espalhou crecheu, uniu povos.
Cabo Verde, o Brasilin, assim como o Brasil (um vasto Cabo Verde) e todos os recantos planetários que amaram a sua obra se postam reverentes, em silêncio. Esperando, mais uma vez, que sua voz ecoe, como um abraço largo, como aqueles que dela recebi no antológico Quintal da Música e em outros sítios, a beijar as suas mãos de musa e de mulher, de carícia e de força.
A musa dos pés descalços se transformou em mito, não deixando de marcar, contudo, com força vulcânica, a sua visceral corporalidade em nosso mundo.
Adentrou, sem precisar pedir licença a São Pedro (qual a Irene de Manuel Bandeira), num céu de música onde, certamente, um coro angelical de vozes infantis a esperava à porta de nuvem.
No dia em que eu precise pedir licença para passar ao andar de cima, caso tenha essa permissão, espero encontrar o anjo Cesária, feminino e forte, a abrir-me seu útero de batucadeira, para me receber mais uma vez no seu íntimo, com um abraço ... cantando.
A perda é muito grande e dolorosa. O que nos consola é que uma voz como essa e um trabalho como o de Cise jamais serão esquecidos. O cosmos é sábio e, para tanto, inventou Mnemosyne. Um gênio nato, mesmo em nossos tempos de esquecimentos vários, sempre permanece. A memória, altar que eterniza os feitos e momentos de Beleza, felizmente a protege do efeito das águas do rio Lete (rio do esquecimento).
Como, por urgências de trabalho no Brasil, não poderei estar presente às homenagens oficiais prestadas a Cise, juntamente com os professores e alunos de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (que represento junto ao Estado de Cabo Verde), irmano-me ao povo cabo-verdiano na sua Hora di Bai, num coro que, cantando para ela, retribui tudo o que nos concedeu de alegria, de paixão e de beleza.
A Universidade de São Paulo, Brasil, especialmente representada pela área de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa e pela Coordenação dos convênios que mantém com as Universidades cabo-verdianas (UNICV, UNIPIAGET e UNISANTIAGO), solidariza-se com a dor do país e pede permissão para entoar este réquiem, pleno do silêncio e da reverência que este exemplo de artista e de mulher cabo-verdiana merece.

  
Simone Caputo Gomes - Cabo-verdianista de longa data
Profa. Doutora da Universidade de São Paulo, Brasil
Coordenadora da Área de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da USP
Coordenadora dos convênios da USP, nas áreas de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, com a UNICV, a UNIPIAGET e a UNISANTIAGO


Projeto da UNESCO “A Rota do Escravo”


Comitê Cientifico Internacional Projeto da UNESCO “A Rota do Escravo” PERSPECTIVAS 2012. PRIORIDADE A REVITALIZAÇÃO MEMORIAL
As centenas de programas do emblemático Projeto para o próximo ano serão implementadas visando, entre outras finalidades, uma maior divulgação de documentos de arquivos com o apoio a criação de dezenas de websites, a investigação sobre vários aspectos das sobrevivências linguísticas e antropológicas negro-africanas nas Américas e Caraíbas e a revitalização memorial com milhares de ações de criatividade cultural e artística.Assim, o mundo científico, internacional, poderá ter um acesso mais simples a diversos documentos, essenciais, tais como o original da Declaração da Independência de 1804 de Haiti ou a cartografia holandesa do setentrião angolano, no século XVII.Serão iniciados estudos, fundamentais, tais como os relativos a aplicação léxico - estatística do continuum das línguas do niger-congo no Novo Mundo, o mapeamento antroponímico e toponímico de origem bantu nas terras firmes e ílias do Atlântico da margem esquerda.Os primeiros resultados da investigação ADN, a cargo do Laboratório Family Tree ADN World, baseado em Houston, no Texas, e que beneficiou do apoio do Triangulo Turístico e Histórico-cultural Kanawa Mussulo, procurando o estabelecimento o grau de relações biológicas entre os angolanos e os afro-norte-americanos, serão conhecidos durante o ano.Registara-se a inauguração, no dia 10 de Maio, Jornada Comemorativa da Abolição da Escravatura na França metropolitana, na cidade francesa de Nantes, antigo centro escravagista, de um comovente Memorial consagrado as vitimas ao Holocausto negro.De notar, entre as dezenas de participação de Simão Souindoula a reuniões internacionais, a referente a Conferencia Internacional, que terá lugar em Saint - Louis, na Universidade de Missouri, nos EUA, de 30 de Outubro a 1 de Novembro, e subordinada ao tema “Africa e a Diáspora no novo Milenio”.O americanista angolano apresentara neste fórum a importante comunicação intitulada: "Nzila menga, the Blood Route. The DNA, a bridge on Atlantic".Deve-se apontar em Angola, o arranque pelo Triangulo Kanawa, sediado em Luanda sul, do programa de turismo de memória “As Rotas angolanas da Escravatura” com as suas declinações documentaria, científica, cultural e artística.Assim, o ciclo de conferências organizadas com a União dos Escritores Angolanos continuara, com temas mais pertinentes.O público luandense poderá seguir e debater questões tais como a forte tentativa independentista liderada pelos Angolares de São Tome, nos fins do século XVI, a ocupação dos escravos “congos/angolas” de Haarlem, na Nova Amesterdão, as tradições de “Los Congos de Villa Mella”, declaradas Património Intangível da Humanidade e os “Chi ma Loango…”, Escravos angolanos perdidos no Mar das Caraíbas”.

Inaugurada a Biblioteca da FCP em homenagem a Oliveira Silveira


Diretores da FCP e presidente do Ibram, José Nascimento Junior, descerram a placa inaugural da Biblioteca Oliveira Silveira

 Com um espaço de 544 m2 destinado à leitura, um rico acervo para pesquisas sobre a memória documental da ancestralidade africana e uma sala de vídeo, a Biblioteca Oliveira Silveira, foi inaugurada na última quinta-feira (15) na sede da Fundação Cultural Palmares, em Brasília. A biblioteca e o arquivo da FCP disponibilizarão à sociedade mais de 17 mil itens para consultas entre livros, artes plásticas e peças produzidas em quilombos.
Para o presidente da FCP, Eloi Ferreira Araujo, o novo espaço da instituição é motivo de orgulho para todos os amantes da cultura afro-brasileira. “Com essa inauguração damos um importante passo para que a sociedade se aproprie dessa maravilhosa história de lutas e paixões, que é de toda população negra”, afirma. Ele ressalta que além de ampliar o acervo, é também ideal da Fundação Palmares a construção do Centro Nacional da Cultura Negra que terá por objetivo reunir a memória e história afrodescendente.
A solenidade também foi marcada pelo lançamento da coleção Faces do Brasil – História e Cultura, organizada pela professora Jacy Proença. A coleção, publicada pela Editora Ética do Brasil, é composta de um conjunto de 37 obras destinado à alunos e educadores do ensino fundamental e médio.
Os títulos contemplam cinco regiões brasileiras e tem o objetivo de contribuir para a implantação e consolidação das Leis 10.639/03 e 11.645/08 – documentos que estabelecem as diretrizes e bases da educação nacional, para a inclusão no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
Cerimônia - Com capacidade para 160 pessoas, o auditório da Fundação Palmares foi espaço para a diversidade afro-brasileira. Estiveram presentes ao evento, representantes do movimento negro, das religiões de matriz africana, do governo, quilombolas e embaixadores dos países africanos de Guiné Bissau, Etiópia, Benin e Burkina Passos.
Jacy Proença, ex-vice-prefeita de Cuiabá (MT),
  organizadora da Coleção
Os convidados puderam apreciar o som e a melodia de canções de Nelson Cavaquinho e Dona Ivone Lara interpretadas pela cantora Cris Pereira. Por meio de uma mensagem Naira Silveira, filha do poeta Oliveira Silveira, morto em 2009, agradeceu a homenagem feita ao pai. “Dar o nome desse poeta da consciência negra à uma biblioteca é perpetuar seu trabalho na lembrança da nossa negritude”, enfatizou.
Arísia Barros, coordenadora do Projeto Raízes de Áfricas, representante de Alagoas, agradeceu o espaço cedido pela FCP e saudou a luta dos grandes líderes negros brasileiros Zumbi dos Palmares e Abdias do Nascimento. Mara Ribeiro, presidente do PMDB Afro do estado do Rio de Janeiro, afirmou que a inauguração representa um avanço para a efetividade da cidadania do povo negro. “É muito bom ter um espaço como este em Brasília, onde podemos ter acesso à história do povo africano e afro-brasileiro”. Já o jornalista Oscar Henrique Cardoso, representante do Rio Grande do Sul, destacou que as obras são uma oportunidade para trabalhar a potencialidade do negro através da literatura e promover a igualdade racial no país.
Condecoração - O presidente interino da Fundação Cultural Palmares, Martvs das Chagas, fez um agradecimento especial ao trabalho realizado pelas gestões anteriores da instituição que possibilitaram a realização de ações como esta e promoveram a preservação da cultura negra e a superação do racismo e do preconceito. A placa de inauguração da biblioteca foi descerrada pelos diretores da FCP e José Nascimento Júnior, presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
A Biblioteca Oliveira Silveira disponibiliza a listagem do seu acervo bibliográfico sobre a cultura negra e a história da Diáspora Africana para consulta pública no site: http://biblioteca.palmares.gov.br. O horário de atendimento ao público para consultas locais é de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas.
Poema – Durante o evento, Carlos Moura, coordenador geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC) e primeiro presidente da FCP, recitou parte do poema “Encontrei minhas origens”, escrito por Oliveira Silveira, em 1981.
Diretor do CNIRC, Carlos Moura, e Mara Ribeiro,
presidente do PMDB Afro-RJ
OLIVEIRA SILVEIRA EM VERSOS:
Roteiro dos Tantãs
ENCONTREI MINHAS ORIGENS
Encontrei minhas origens
Em velhos arquivos
Livros
Encontrei
Em malditos objetos
Troncos e grilhetas
Encontrei minhas origens
No leste
No mar em imundos tumbeiros
Encontrei
Em doces palavras
Cantos
Em furiosos tambores
Ritos
Encontrei minhas origens
Na cor de minha pele
Nos lanhos de minha alma
Em mim
Em minha gente escura
Em meus heróis altivos
Encontrei
Encontrei-as enfim
Me encontrei

Afro-brasileira redescobre suas origens e lança livro.


Odete Silva Dias, afro-brasileira resolveu buscar suas origens, contou com a genética e outras pesquisas para conseguir se redescobrir no continente africano. O resultado foi o livro que será lançado no dia 15/12/2011 em Ribeirão Preto-SP.
  Vejam o índice do livro: IDENTIDADE: O tempo como senhor da história.
“IDENTIDADE: O tempo como senhor da história
A) Do ponto de vista histórico
a.1) A presença da população negra em Franca, cidade localizada ao norte do estado de São Paulo, segundo a Profa. Maisa Faleiros Cunha, 2009, surgiu com a necessidade da mão de obra escrava para as lavouras de café.
“Em princípio do século XIX a população escrava cresceu através da migração de africanos e crioulos vindos de Minas Gerais com seus donos, que expandiram as fronteiras agrícolas e de criação ( principalmente de gado), para terras paulistas”.
Internacionalmente, ainda segundo a historiadora, Angola, Congo e Moçambique foram países africanos que participaram no povoamento da população escrava para esta região.
B) Do ponto de vista da ciência
Foram realizados exames laboratoriais de DNA por Odete Silva Dias e familiares para verificação da origem genealógica e geográfica com os seguintes resultados:
b.1) Linhagem paterna:
- O resultado do exame de DNA colhido de Aparecida José de Souza Silva, um dos filhos de Vicente Firmiano da Silva, revelou linhagem de ascendência europeia.
A avaliação do seu cromossoma Y mostrou marcadores genéticos característicos da Europa Ocidental, com alta frequência na Irlanda, Gales, Escócia, Inglaterra, Portugal, França, Alemanha e Norte da Itália.( laboratório Gene Tree)1.
Nota: Aparecido, está através deste exame, representando todas as gerações de indivíduos do sexo masculino que descendem de Vicente Firmiano.
-Nelson Antônio da Silva; o resultado de exames do seu DNA revelou que seu cromossoma Y te marcadores genéticos característicos de indivíduos nativos da África subaariana. Regiões estas envolvidas no tráfico da mão de obra escrava, trazidos para o Brasil de países como: Angola, Congo, Moçambique e Senegal. Nelson Antônio é trineto Antônio Ferreira da Silva. ( Gene Tree)1.
Nota: Nelson Antônio, através deste exame está representando toda geração de indivíduos do sexo masculino, descendente de Antônio Ferreira da Silva.
b.2) Linhagem materna
- Marciana Aparecida Marques Silva; o resultado do seu DNA mitocondrial revelou que sua linhagem é característica de indivíduos nativos da África Subaariana.
“O haplogrupo L 3b( ao qual você pertence), é predominantemente encontrado na África Ocidental, atingindo frequência máxima (17%) no Senegal. Na população de negros de São Paulo, ele representa 6% dos indivíduos testados”( GENE laboratório)2.
Nota: Marciana Aparecida é trineta de Joana, e representa toda geração do sexo feminino desta linhagem.
-Odete Silva Dias, o resultado do exame de DNA mitocondrial revelou que sua linhagem é característica de indivíduos nativos da África Ocidental.
“O haplogrupo L1b é característico da África Ocidental, ele representa apenas 4% dos haplogrupos africanos no Brasil. É um haplogrupo antigo, originado por volta de 20.000 anos atrás.
Ele é visto em 25% da população do Senegal e 17% entre Kanuri, Songhai, Hausa e Iorubá que habitam pontos diferentes das margens do Rio Niger. Africanos desta região geográfica vieram como escravos predominantemente para a Bahia, trazendo a religião Iorubá, que deu origem ao candomblé”. (GENE laboratorio)3.

Nota: Odete é bisneta de Laura Cândida de Jesus, e representa todos os indivíduos do sexo feminino pertencentes a esta linhagem.
Observação: Agradecimentos a colaboração e orientação do DR. Jair Huber pela leitura destes resultados.

Biografia de Odete Silva Dias
 Nasceu em 1937, em Jeriquara, SP, na fazenda Japão.
Trabalhou desde criança em várias atividades, começou sua carreira profissional como auxiliar de enfermagem no Hospital das Clinicas de Ribeirão Preto.
Graduou-se em enfermagem na Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP.
Especializou-se em administração hospitalar pela Universidade de Ribeirão Preto, SP.
Aposentou-se na área da saúde em 1991 pelo Ministério da Saúde.
Em 2000, graduou-se em Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano em Batatais, SP.
Em 2007, iniciou e dedicou-se a resgatar a história de sua família, que finalizou em 2011, originando o Livro: 

IDENTIDADE: O tempo como senhor da história.
por Ricardo Wesley Martins
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Deu na coluna do NOBLAT 20.12.2011


O ministro do STF Joaquim Barbosa  

O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), terminou de examinar todo o processo do mensalão - o maior escândalo do governo Lula e da História do PT - e concluiu o relatório, um resumo da investigação em 122 páginas.
O documento e todos os autos da ação penal foram enviados nesta segunda-feira ao ministro Ricardo Lewandowski, revisor do caso. Barbosa também concluiu boa parte do voto. Agora, o revisor vai elaborar seu próprio relatório e voto. Depois, caberá ao presidente do STF marcar a data do julgamento dos 38 réus no plenário.
No relatório, após resumir todo o processo, Barbosa lembrou que os réus declararam não ter cometido os crimes apontados pelo Ministério Público, mas destacou que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares admitiu delito eleitoral. "O réu Delúbio Soares admite a prática de caixa dois de campanha, conduta que preenche o tipo penal do art. 350 do Código Eleitoral, cuja pena é de até cinco anos de reclusão", diz o relatório.

O FEITIÇO VOLTADO CONTRA O FEITICEIRO 


Foi surpreendente a resposta do ministro Joaquim Barbosa à recomendação do presidente do Supremo Tribunal Federal para abrir aos demais ministros os autos do processo contra os mensaleiros. Primeiro, por considerar descabida a iniciativa de Cezar Peluso, “um lamentável equívoco”, tendo em vista que o processo inteiro encontra-se digitalizado e, na Internet, à disposição não apenas de seus pares, mas da torcida do Flamengo. Depois, em especial, por haver concluído e divulgado segunda-feira o seu relatório, já encaminhado ao ministro-revisor, Ricardo Lewandowski. De Joaquim Barbosa falta apenas o voto sobre cada um dos 38 réus, mas ele informou estar quase concluído.
Ficou claro, assim, que o ministro-relator do mensalão livrou-se das críticas de que arrastava o processo, bem como das insinuações de Lewandowski sobre a possível prescrição da maioria das acusações. A partir de agora, parece haver o feitiço se voltado contra o feiticeiro, quer dizer, se atraso houver, correrá por conta do ministro revisor.
Joaquim Barbosa fez funcionar sua tradicional metralhadora giratória, atingindo Cézar Peluso também pela crítica de haver votado duas vezes na questão que devolveu o mandato de senador a Jader Barbalho. Disse não encontrar na Constituição base para tanto.
Admite-se que se Lawandowski não demorar em sua nova tarefa, lá para maio o plenário do Supremo Tribunal Federal poderá julgar os denunciados como tendo formado a quadrilha responsável por um dos maiores escândalos verificados durante o governo Lula.
A mais alta corte nacional de Justiça encontra-se completa, a partir da posse da décima-primeira ministra, Rosa Weber, também na segunda-feira. A pergunta que se faz é se o julgamento de gente tão importante, “de alta qualificação sob o prisma social, econômico e político”, transcorrerá limitado à argumentação puramente jurídica ou se acontecerá também com viés político. Porque a maioria dos ministros foi indicada durante o governo Lula e, agora, o governo Dilma. São independentes os julgadores, de alto saber jurídico e reputação ilibada, mas por certo não esqueceram o diagnóstico de quem os nomeou, sobre inexistir mensalão, mas apenas operações de caixa dois, freqüentes em todo processo eleitoral.
Enfim, se a resposta a tantas dúvidas sair mesmo em maio do ano que vem, menos mal. O Supremo terá ficado livre da sombra das prescrições.



Fonte Coluna Ainton de Freitas-GLOBO

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Petrobrás afirma que nao vai alterar planos de investimento


" A maioria das grandes empresas de petróleo esta aumentando os investimentos para 2012, o mercado de combustíveis esta aumentando. A crise não é um grande problema para a industria petrolífera"

O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, disse ontem(20/12), que a crise não afetará os planos de investimento da empresa em 2012.
Segundo ele, embora o consumo de derivados de petróleo esteja caindo na Europa, nos Estados Unidos e no Japão, a demanda por petróleo vem aumentando enormemente na China, em alguns países da Africa, da América do Sul e no Brasil.
"A maioria das grandes empresas de petróleo esta aumentando os investimentos para 2012, o mercado de combustiveis esta aumentando. A crise não é um grande problema para a industria do petróleo. Isso se não houver nenhum terremoto econômico e pressupondo que a crise se mantenha dentro do previsível"

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Câmara Municipal de Lisboa homenageia Cesária Évora



  
 A Câmara Municipal de Lisboa promove amanhã, terça-feira, dia 20 de Dezembro, pelas 17 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Lisboa, uma homenagem à cantora cabo-verdiana Cesária Évora, falecida no passado sábado, 17 de Dezembro.

Associam-se a esta iniciativa do Município de Lisboa, na qual participará o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), a Associação Cabo-Verdiana, o Conjunto de Quadros da Diáspora, a Federação das Associações Cabo-Verdianas em Portugal e a Associação dos Antigos Alunos do Ensino Secundário de Cabo-Verde. 
Esta homenagem, que decorre em simultâneo com as cerimónias fúnebres na terra natal da cantora, é aberta à população.