terça-feira, 26 de março de 2013



Com atividades suspensas na Angola, Igreja Universal estaria convocando fiéis por SMS para orarem em frente aos templos

Cartaz do evento Dia do Fim
Com as atividades suspensas na Angola, por conta das investigações sobre a fatídica tarde do dia 31 de dezembro de 2012, quando 16 pessoas morreram no evento “Dia do Fim” devido à superlotação do local onde a celebração era realizada, a Igreja Universal do Reino de Deus estaria enviando sms para os fiéis irem à porta dos templos para orar.
O governo do país determinou que todas as atividades da IURD e de outras denominações “neopentecostais”, como a Igreja Mundial do Reino de Deus, fossem suspensas. Como forma de manter os fiéis envolvidos com a denominação, pastores estariam fazendo cultos secretos em suas casas.
Os contatos por sms convocam os membros da Universal a orarem na porta dos templos, e segundo o portal Angonotícias, seria uma forma de pressionar as autoridades angolanas. A suspensão das atividades das igrejas no país foi estabelecida por um prazo inicial de 60 dias, e a contar da data de vigência, restariam apenas 13 dias. Há o temor que o governo prorrogue o prazo, caso as investigações não tenham sido concluídas.
“Venha fazer a sua oração na porta da igreja”, diz o sms recebido pelos fiéis, que em muitos casos, atendem aos apelos.
Procurado pela reportagem do portal Angonotícias, o bispo Bartolomeu, líder da IURD de Luanda, afirmou que não tem conhecimento do envio de mensagens de texto para os fiéis: “Não tenho conhecimento dessa atividade”, disse, alegado que a cúpula da denominação não tem qualquer ligação com a aglomeração feita pelos fiéis nas redondezas dos templos.
Entretanto, um dos fiéis abordados pela reportagem confirmou que estão havendo cultos domiciliares e reuniões nas portas das igrejas, e reafirma o desejo de ver a IURD voltar às atividades: “O fato de o Governo ter suspendido as nossas atividades não quer dizer que deixemos morrer a nossa fé. Temos orado muito e sabemos que o diabo não sairá vencedor e que conseguiremos ultrapassar essa situação”, afirmou Adão, que garantiu ter recebido mensagens de texto e disse não se importar com as origens: “Também recebi mensagens e faço questão de partilhá-las, para que mais pessoas tenham a oportunidade de participar nesta importante corrente”, pontuou.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Associação Empresarial de Portugal procura oportunidades no Brasil

Associação Empresarial de Portugal procura oportunidades no Brasil: A AEP repetirá em maio a sua participação na feira Hospitalar, em São Paulo, onde no ano passado se apresentou com oito empresas portuguesas, no que qualificou como "uma proveitosa participação".

domingo, 24 de março de 2013



Leci pede que MP Federal investigue racismo na UFMG
Da Redação

S. Paulo - A deputada estadual Leci Brandão (PCdoB), a única negra entre os 94 deputados da Assembléia Legislativa de São Paulo, quer que o Ministério Público Federal do Estado de Minas investigue a prática de crime de racismo por parte dos estudantes de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que – no trote para recepcionar calouros – pintaram de preto e acorrentaram uma estudante e escreveram num cartaz “caloura Chica da Silva”.
A deputada ficou indignada com o trote racista dos estudantes mineiros e disse que “os fatos relatados, apesar de terem acontecido no estado de Minas Gerais, dizem respeito a todos os brasileiros e atingem gravemente a população negra, na medida em que incita a discriminação racial. Como cidadã brasileira e mulher negra, sinto-me no legítimo direito de solicitar a apuração desse caso.”
Em ofício endereçado ao Procurador chefe do Ministério Público Federal de Minas, Adailton Ramos do Nascimento, Leci argumenta que a investigação se faz necessária porque há fortes indícios de crime de racismo cometidos por estudantes veteranos na ralização de trote aos alunos calouros”.

Segundo a parlamentar as fotos com a caloura acorrentada, representando “Chica da Silva” chocaram o país e configuram a violação da Lei 7.716/89, que pune, “com reclusão de um a três anos e multa, praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
Os estudantes do Curso de Direito da UFMG durante o trote também amarraram um calouro numa pilastra e fizeram a saudação nazista. Alguns ostentavam bigodes semelhantes ao do líder nazista, responsável pela morte de 6 milhões de judeus, negros, ciganos, Adolf Hitler.
Veja a íntegra da carta enviada por Leci ao Procurador-chefe do Ministério Público Federal de Minas.
Excelentíssimo Senhor Doutor Adailton Ramos do Nascimento Procurador-Chefe do Ministério Público Federal do Estado de Minas Gerais
Eu, Leci Brandão, Deputada Estadual por São Paulo, venho por meio dessa solicitar que o Ministério Público Federal em Minas Gerais inicie uma investigação a respeito dos acontecimentos de sexta-feira, 15 de março de 2013, ocorridos nas dependências da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
A investigação se faz necessária porque há forte indício de crime de racismo cometidos por estudantes veteranos na realização de “trote” aos alunos calouros.
Foi divulgado em diversos veículos de comunicação da imprensa brasileira e em redes sociais que alguns alunos pintaram uma nova aluna de preto, acorrentaram suas mãos e pregaram-lhe um cartaz de papelão com os escritos “Caloura Chica da Silva” reportando-se a uma escrava negra, o que contraria frontalmente o artigo 20 da Lei Federal 7.716/1989, segundo o qual é crime punível com reclusão de um a três anos e multa, praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Os fatos relatados, apesar de terem acontecido no estado de Minas Gerais, dizem respeito a todos os brasileiros e atingem gravemente a população negra, na medida em que incita a discriminação racial. Como cidadã brasileira e mulher negra, sinto-me no legítimo direito de solicitar a apuração desse caso.
Diante dos fatos acima citados, solicito abertura de investigação e, caso os indícios se comprovem, solicito ordenar à UFMG Universidade Federal de Minas Gerais, que sejam adotadas as medidas criminais cabíveis.
Cordialmente,
LECI BRANDÃO