quarta-feira, 21 de março de 2012


Programa de repatriação leva angolano
 de volta à casa após 33 anos

Um grupo de 20 refugiados que deixarão a República do Congo a caminho da terra natal, Cabinda; plano pretende atender 800 pessoas.
ANGOLANOS apos 33 anos longe de casa serão repatriados do Congo para o seu país
O Ministério de Assistência e Reinserção do governo angolano adota as providências necessárias para recepcionar os refugiados que se encontram em países que fazem fronterira com a República de Angola, principalmente a partir deste mês, quando te´r início um programa de repatriação voluntária apoiado pelas Nações Unidas que deve levar cerca de 800 angolanos de volta ao país.
A primeira leva, um grupo de 20 pessoas, já está se preparando para deixar a República do Congo a caminho da província de Cabinda. Muitos saíram de Angola por causa da violência e da guerra civil.
Repatriação voluntária
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Um programa de repatriação voluntária apoiado pelas Nações Unidas deve levar cerca de 800 angolanos de volta ao país.
A primeira leva, um grupo de 20 pessoas, já está se preparando para deixar a República do Congo a caminho da província de Cabinda. Muitos saíram de Angola por causa da violência e da guerra civil.
Facções Rivais
Um dos repatriados voluntários, Gomez, acabou de completar 50 anos. A maior parte da vida dele foi passada fora de Angola. Segundo o Acnur, Gomez teve de deixar Cabinda, em 1979, por causa dos confrontos entre facções rivais angolanas.
Gomez disse ao Acnur que criou toda a família no país de asilo e que seus filhos nasceram no Congo. Mas segundo ao ele, ao completar 50 anos de idade e, depois de 33 anos fora de Angola, ele decidiu que era hora de retornar à casa.
O refugiado contou que saiu de seu país natal quando ainda estudava. Após a morte do pai, a mãe dele passou a trabalhar no campo para sustentar a família de oito filhos em Likonge, província de Cabinda.
Conselho
Na época em que saiu de Angola, três facções rivais lutavam pelo controle de país: o Movimento Popular para a Libertação da Angola, MPLA, a União Nacional para a Independência Total de Angola, UNITA, e a Frente Nacional de Libertação de Angola.
Ao chegar ao Congo foi aconselhado a se casar para que “uma mulher pudesse tomar conta dele”. E disse que gostou da ideia, conheceu uma refugiada angolana como ele, e tiveram o primeiro filho no acampamento de refugiados.
Nos próximos dias, Gomez deverá retornar para uma Angola diferente da qual deixou, um país em paz e com sua própria família formada na República do Congo.
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19-03-2012 18:45
 Namíbia

Refugiados angolanos regressam em Maio
Windhoeck – O processo de repatriamento dos refugiados angolanos, estimados em cerca de cinco mil pessoas, começa no princípio de Maio deste ano para ficar concluído em finais de Junho, altura que expira a cláusula de cessação - recomendou a sub-comissão mista integrada pela Embaixada de Angola em Windhoek, ACNUR e Governo Namibiano.
A recomendação saiu da reunião mantida a 15 do corrente mês, em Otjiwarongo, Namíbia, onde se decidiu que o início oficial do registro para o repatriamento voluntário começaria a 26 de Março e terminaria a 30 de Abril e no dia um de Maio iniciaria de facto o repatriamento para Angola.
As equipas de registro constituídas trabalharão no centro dos refugiados do Ocire e porta a porta para outros casos.
Tendo em conta que uma boa parte dos refugiados são das províncias de Huambo, Benguela e Bié, os autocarros que os transportarem deverão deixá-los nos centros de acolhimento de Menongue, no Kuando Kubango, e de Namacunde, na província do Cunene, por forma a facilitar o seu regresso às áreas de origem.
O encontro recomendou que sejam asseguradas todas as medidas para que os refugiados levem todos os seus haveres, sem restrições de peso e volumes.
Para incentivar o regresso dos relutantes, a sub-comissão tripartida recomenda o aumento dos valores monetários para 200 dólares para o adulto e 100 dólares para a criança, contra os 100 e 50 dólares, respectivamente, que são dados atualmente e o aumento da ração para três meses.
A reunião recomendou também que os alunos das 10, 11 e 12 classes, caso os pais estejam de acordo, poderão permanecer em território namibiano até terminarem os seus estudos, apesar da cláusula de cessação, sob responsabilidade do Governo Namibiano.
A reunião tripartida foi presidida pelo comissário dos Refugiados da Namíbia, Nkkrumah Mushelenga, e estiveram presentes o Cônsul Geral do Oshakat, Pedro Walipi Calenga, o vice-cônsul do Rundu, Elísio Augusto Cabinda, o terceiro secretário da embaixada, Cipriano Handuia, a adida de Imprensa da Embaixada de Angola na Namíbia, Chana de Aragão, e representantes do ACNUR e do Governo Namibiano.

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