segunda-feira, 1 de outubro de 2012


 Angola – A continuidade do desenvolvimento
Os negócios em Angola devem ser pensados em serviços estratégicos, como educação, saúde e serviços financeiros

Angola confirmou sua posição de continuidade de poder e desenvolvimento com o Presidente José Eduardo dos Santos. Seu partido, o MPLA, teve a maioria dos votos, e assim o presidente é reconduzido ao processo de gestão do país. José Eduardo dos Santos é o homem forte que ajudou a desenvolver efetivamente o país, principalmente em transformar Angola numa riqueza pujante na África, com crescimento médio em 17% ao ano, diferentemente de muitas potências.
É sempre importante avaliar o desenvolvimento de Angola em relação ao desenvolvimento da África e das relações com o Brasil. Para nós, brasileiros, Angola é um país irmão e de futuro integrado. Para os angolanos, o Brasil é um modelo e um grande parceiro, além de uma representação histórica muito forte. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência angolana – e isso em período ditatorial brasileiro e em plena guerra fria. Mas as relações históricas, culturais e também, para muitos brasileiros, sanguíneas fazem de Angola uma grande história para a construção futura nas relações internacionais com o Brasil.
Todas as tragédias da guerra em Angola marcaram muito o seu povo, mas ao mesmo tempo o povo angolano é forte em definir que armas não são soluções para o seu desenvolvimento. O angolano hoje vive uma nova afirmação, de crescimento e de desenvolvimento, com cultura própria, e principalmente com raízes bem definidas.
O Presidente José Eduardo dos Santos tem um grande desafio, a continuidade do crescimento, e com isso transformar Angola em um grande exemplo para a África. Isso significa mostrar que o continente passa de uma posição de colonizado e pobre para a de uma potência e rica.
As relações com o Brasil se ampliaram, e principalmente as relações diretas de empresas brasileiras com empresas angolanas avançaram, e muito. Hoje o volume de contatos e negócios com Angola a partir do Brasil avançou em mais de 400%. Isso significa em transações de mais de US$1 bilhão de dólares. Mas o Brasil ainda é um pedacinho minúsculo perto da potencialidade chamada Angola e África. Os negócios em Angola não podem ser tratados somente sob o ponto de vista da infraestrutura e da construção civil, mas devem ser pensados em serviços estratégicos, como educação, saúde e serviços financeiros, além de ampliação do intercâmbio cultural e social.
O Brasil tem muitos atributos sociais para ajudar no desenvolvimento de Angola, e principalmente em desenvolver valores sociais, que nós brasileiros levamos muito tempo a constituir.
Conforme o Banco Mundial, nos próximos anos Angola tem a tendência de crescer 15% ao ano, e com isso as necessidades econômicas, sociais, materiais e culturais terão uma velocidade como nenhum país teve em toda a História da África. E, o mais prudente disso tudo, a própria África de uma forma geral aprenderá que os valores enquanto nação serão mais valiosos do que utopias ultrapassadas de um passado pouco distante.                                    

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