quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Angola comemora 51 anos do início da luta armada pela descolonização



Na madrugada de 4 de Fevereiro de 1961, um grupo de homens e mulheres atacou a cadeia de São Paulo, em Luanda, para libertar presos políticos angolanos.

Luanda - Comemorou hoje no último sábado, 4 de Fevereiro, o 51º aniversário do início da luta armada de libertação de Angola do regime colonial português, que levou à obtenção da independência nacional.

Na madrugada de 4 de Fevereiro de 1961, um grupo de homens e mulheres, munidos de paus, catanas e outras armas brancas, atacou a casa de reclusão e a cadeia de São Paulo, em Luanda, para libertar presos políticos ameaçados de morte.
Em resposta ao ataque, o regime colonial e fascista português reagiu com uma acção de repressão em todo o país, com assassinatos, torturas e detenções arbitrárias.
Os preparativos da ação tiveram início em 1958, em Luanda, com a criação de dois grupos clandestinos, um abrangendo os subúrbios e outro a zona urbana, coordenados por Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Virgílio Sotto Mayor e Neves Bendinha (já falecidos).

A ação inseriu-se também nos anseios da população e na necessidade de se passar a formas de luta que respondessem à rigidez da administração colonial. Para tal, valeu a colaboração de cónego Manuel das Neves e outros combatentes.
O 4 de Fevereiro de 1961 é considerado um marco importante da luta africana contra o colonialismo, numa tradição de resistência contra a ocupação que vinha desde os povos de Kassanje, do Ndongo e do Planalto Central.
Os primeiros relatos de realce de resistência à ocupação colonial datam dos séculos XVI e XVII (1559-1600 e 1625-1656), conduzidos por Ngola Kiluanje e Njinga Mbandi.
Este ano, o acto central das comemorações da data decorre no município de Amboim, província do Kwanza Sul, sob o lema “Honremos a memória dos nossos heróis, preservando a paz e a democracia”.

O programa comemorativo do 51º aniversário, cujo acto político nacional será presidido pelo ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Kundi Pahiama, inclui actividades culturais e recreativas, bem como a inauguração de empreendimentos econômicos e sociais.
Fonte:ANGOP

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