quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Brasil perdeu o comentarista negro ícone do Radio Esportivo brasileiro


 Antonio Lucio

 Com um legado de cobertura radio esportiva em 14 Copas do Mundo, faleceu, aos 83 anos, o jornalista, radialista e narrador esportivo, Orlando Batista das Chagas ou simplesmente, Orlando Batista, vítima de enfarte no último dia 26 de janeiro. 



   Orlando Batista, um negro consciente e responsável com as ações em favor da sua etnia, a quem ao lado do seu filho Luiz Orlando tive a oportunidade de conhecer nos anos 70, era considerado um dos maiores “monstros sagrados” do rádio esportivo e entre as suas façanhas está a cobertura de 14 copas do mundo e comandou durante muito tempo o programa "Turma do Bate-Papo", na rádio Mauá e posteriormente na rádio Nacional, ambas no Rio de Janeiro e também esteve à frente de "Campo do 13", na TV Record/Rio, e "Dois na Bola", na TV Brasil.A última Copa do Mundo em que participou como narrador foi a de 2002, na Coreia do Sul e no Japão, em torneio que teve a vitória da seleção brasileira.
Orlando, como lembrou o jornalista Pedro Couto da gloriosa Tribuna da Imprensa, hoje somente online, “começou em 1948, antiga Rádio Mauá, emissora que não tinha a potência da Tupi de Ari Barroso, da Mayrink Veiga com Oduvaldo Cossi, da nacional de Jorge Cury. Valdir Amaral começava como repórter na Continental antes de ir para Globo. Batista, porém, alcançou expressiva audiência com sua personalidade, voz possante, estilo marcante de narrar. Ao mesmo tempo transmitindo e traduzindo para multidões o que às vezes não conseguem ver através das lentes da paixão”.

  No adeus a ele, lembro que Orlandão como era chamado por seus mais próximos, saiu das ondas sonoras do rádio e estará em outras ondas. Para sempre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário