sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Jorge Coutinho uma história de sucesso no mundo sindical e nas Artes Cênicas



O ator e presidente do Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro, Jorge Coutinho, foi homenageado este ano no Museu de Arte Moderna de Nova York (MOMA), com a exibição de seu documentário Noitada de Samba, e agora receberá também uma homenagem na cidade de Itaperuna, RJ, que vai dar o seu nome ao teatro de bolso da Companhia de Teatro da cidade.
A sua trajetória como líder sindical é incomum e a sua gestão destaca-se pela luta em favor da descentralização das atividades culturais dentro do estado.
Jorge Coutinho realizou durante 15 anos o espetáculo Noitada de Samba, que deu origem ao documentário contando a estória desse movimento cultural. . O Noitada de Samba estreou em 1° de novembro de 1971 e ficou em cartaz todas as segundas-feiras, como foco de resistência cultural e política e celeiro de formação e divulgação da música popular brasileira e de grandes nomes como Clementina de Jesus, Leci Brandão, Clara Nunes, João Nogueira, Martinho da Vila, Cartola, Dona Ivone Lara, Elza Soares, Baianinho, Nelson do Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Eliana Pitman dentre tantos nomes de relevo do atual cenário fonográfico.
Aos 78 anos, ainda muito ativo, está à frente do Núcleo Afro do PMDB e do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro - SATED/RJ onde vencera a disputa eleitoral por 65% dos votos válidos. É a frente desse sindicato, que conta com 29 mil inscritos, que Jorge Coutinho continua sua luta pela descentralização da cultura no Estado. Em sua carreira participou de inúmeros longas e curtas-metragens. Esteve presente também na criação do movimento do Cinema Novo e do Grupo Opinião, na década de 60 lutando contra a ditadura.
Sempre ligado ao Movimento Democrático Brasileiro participou da criação do Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB, onde atua como dirigente. Sua vida engajada rendeu alguns anos de exílio na Argentina, de onde voltou para trabalhar na Rede Globo. "Nunca tive uma vida muito fácil. Hoje, aos 78 anos, continuo trabalhando como presidente do sindicato e desenvolvendo o projeto de interiorização da cultura no estado. É um projeto para as gerações futuras, mas faço com grande entusiasmo porque acho que chegou a hora de desenvolver o interior e criar um grande mercado de trabalho para os artistas", comentou.
Fonte: Revista QUEM É QUEM na economia do Rio de Janeiro

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