quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013



CONFERÊNCIA SOBRE A RAINHA NZINGA A "NGOLA", RUMO A PATRIMONIO DA HUMANIDADE
 28 de Fevereiro -1 de Março de 2013
 Em saudação ao 2 de Março, Dia da Mulher Angolana

 HCTA – Hotel de Convenções da Talatona – Luanda – Angola
* Simão Souindoula

Resumo de comunicação:
“O Rei do Congo casou com a Rainha Nzinga. A reconstrução da Historia de Angola nas congadas do Brasil meridional”.
 Figura emblemática da Historia de Africa, a Dizonda adquiriu esta estatura por dois fatos essenciais, o seu sucessivo e inédito duplo reinado, no Ndongo (1623) e na Matamba (1630); este, marcado por uma longa resistência, de quase meio-século, resultante de uma excepcional inteligência politica, diplomática, militar, social e religiosa.
Esses fatos, associados, a massiva travessia dos cativos congo/angola em direção ao insaciável Brasil, permitirão, extraordinariamente, a perpetuação, ai, em varias áreas deste imenso território, do mito, tenaz, a volta da Kiluanje.

Isso, será, assim, atestado, nomeadamente, nas Minas Gerais, numa das dramatizações, onde a filha de Guenguela Cacombe e esposa do Rei do Congo.

Este casamento, esplendidamente, metafórico, traduz a passagem além-Atlântico, pela tradição oral escravagista, da aproximação política, da Ginga com o Rei do Congo, Garcia II (1641 -1661), durante o período da cidade de “Loanda holandesa” (1640 – 1648).
Refere-se, igualmente, a assinatura de um acordo de paz, em 1657, entre o Congo e a Matamba
Um dos factos a reter deste ritual da tradição afro-brasileira e o continuum, evocando, formalmente, a Rainha Jinga, e, genericamente, os Reis do Congo.
Traduz, assim, a força memorial sobre a “Warrior Queen” no espaço do Atlântico.

*
Historiador, Vice-presidente do Comité Cientifico Internacional do Projeto da UNESCO « A Rota do Escravo ».

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