segunda-feira, 27 de maio de 2013


Ecos do Seminário "As Relações do Brasil com a  África - Nova fronteira do o desenvolvimento Global


Por Antonio Lúcio
1 – Muito comentada a ausência da Secretária da SEPPIR, com status de ministra, Luiza Bairros no evento, mas foi importante a presença de personalidades negras ligadas ao governo, como o Dr. Ivair Augusto Alves dos Santos e outras que já deixaram de prestar colaboração aos órgãos públicos, como Carlos Alves Moura e Eloí Ferreira, ambos na FCP.
2 – Quem circulou com desenvoltura durante o evento foi a deputada federal Benedita da Silva e criticada a ausência de outros parlamentares integrantes da Frente Parlamentar Afro-Brasileira da Câmara dos Deputados.
3 – Aplaudidíssima e muito comentada a desenvoltura do embaixador da República de Angola, Nelson Cosme, que presidiu os 3 Painéis do seminário e comentou ao encerramento de cada um, as observações por ele realizadas durante a fala de cada um dos participantes.
4 – Foram disputados com ansiedade os informativos da Câmara de Comércio Afro-Brasileira-AFROCHAMBER, sobre suas atividades executadas ao longo dos 40 anos da sua atuação como fomentadora das relações empresariais do Brasil com os países do Continente Africano.
5 – A estonteante beleza, aliada a incrível elegância feminina da representante da República do Burundi, em Brasília, tomou conta do recinto do seminário e foi um colírio para os olhos dos participantes do evento.
6 – O Decano dos Embaixadores dos países africanos acreditados junto ao governo brasileiro, Thomas Sukutai Bvuma, Embaixador do Zimbabwe no Brasil, foi a autoridade diplomática mais referenciada e cumprimentada por todos os palestrantes do evento, pela iniciativa de ao lado do embaixador da República do Benin, Isidore Monsi, realizar o seminário patrocinado por empresas brasileiras que atuam no Continente Africano e referendado pela Confederação Nacional da Indústria-CNI.
7) O embaixador do Benin, Isidore Monsi, considerou a realização do Seminário um passo relevante no esforço com o objetivo de aprofundar o conhecimento dos brasileiros sobre os países africanos e dos africanos em relação ao Brasil: “nós africanos e brasileiros compartilhamos do pensamento de que somos países irmãos, comungamos valores, ideias, posições comuns. Sabemos da importância de trabalhar pelo fortalecimento das nossas relações bilaterais envolvendo não apenas nossos governos mas sobretudo o setor privado”.
Para o embaixador Monsi, “o principal objetivo do Seminário é apresentar aos brasileiros as extraordinárias oportunidades de negócios oferecidas pela África. Mas é também mostrar quais são hoje os grandes desafios existentes no âmbito da cooperação econômica e comercial entre os países africanos e o Brasil. Sem dúvida, temos muito a realizar e para fazê-lo é fundamental que aumentemos o conhecimento recíproco sobre nossas realidades, nossos problemas e também nossas oportunidades”
O embaixador do Benin revela que os embaixadores africanos em Brasília vêem na realização de eventos como o Seminário “Brasil-África, a Nova Fronteira para o Desenvolvimento Global” uma oportunidade extraordinária de oferecer aos brasileiros um melhor conhecimento sobre a África.
Segundo ele, “a África não é só um país. Somos quase 55 países e eles como um todo e cada um em especial têm muito a compartilhar com o Brasil. O Seminário será uma ocasião importante de se mostrar uma África plural, atraente e que pode oferecer excelentes oportunidades de negócios aos empresários brasileiros. Assim, o objetivo principal do evento é atrair a atenção do povo, das autoridades e dos homens de negócios braseiros sobre a África”.                                                                                                     
8)  – A maior louvação e aplausos durante o evento ficaram para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou para o encerramento do seminário acompanhado do escudeiro-mídia Franklin Martins, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República durante seu governo. Durante sua palestra o ex-presidente ressaltou que as empresas brasileiras devem "vender seu peixe" em países africanos e disse que o país deve atuar como um "mascate".  A surpresa de muitos e para mim também, foi o ex-mandatário brasileiro me chamar ao seu lado e me cumprimentar com um efusivo abraço. 

Na despedida da Conferência Africa, o embaixador do Zimbábue, Thomas Bvuma, expressou o sentimento dos colegas. "Nós amamos você e sentimos sua falta, Lula. Você elevou os embaixadores africanos de dogs vira-latas para dogs de estimação"
O ex-Presidente Lula em sua fala aos presente no encerramento do seminário

9 – Na sequência do seminário e seu encerramento, o ex-Presidente Lula foi homenageado pelo Grupo dos Embaixadores Africanos com um jantar na residência do embaixador do Quênia no Brasil, Peter Kirimi Kaberia.     
 Recebido por embaixadores africanos para um jantar, na quarta-feira,- aos gritos de "olé, olê, olá, Lula, Lula", o ex-presidente Lula disse que o candidato a presidência Aécio Neves, peca pelo "esquecimento"."Aécio está copiando o slogan da Dilma
(“País rico é País sem inflação”), mas se esquece da inflação que esse País já teve com eles" , disse Lula, à saída do jantar em sua homenagem, na Embaixada do Quênia. O PT vai mostrar na campanha de Dilma à reeleição, em 2014, que a média anual de inflação nos dez anos do governo petista foi de 6,04%, enquanto nos oito da administração Fernando Henrique Cardoso ficou em 9,24%.Bem-humorado e saudado com tapinhas nas costas pelos africanos, Lula não se importou nem mesmo com a falta de energia na embaixada, provocada por uma pane elétrica. "Apesar de eu falar sempre do programa Luz para Todos, faltou luz aqui hoje, mas, possivelmente, o embaixador Kirimi (Peter Kirimy do Quênia) queria que a gente tivesse um jantar à luz de velas", brincou o ex-presidente, que, antes de retornar a São Paulo, ontem, tomou café da manhã com Dilma, no Alvorada.
Lula ficou vermelho quando o embaixador do Benin, Isidore Benjamin Amédée Monsi, o chamou de "nosso presidente" e puxou o refrão "Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula", num português carregado de sotaque francês. 
Ao lembrar que Dilma participará, amanhã, da festa dos 50 anos da União Africana, na Etiópia, Lula garantiu que todos terão uma "surpresa agradabilíssima" quando ela voltar, porque as relações entre Brasil e países africanos vai aumentar muito. "Aí, ao invés de dizerem que teve um presidente que gostava da África, vocês vão dizer que foram dois", afirmou, sob aplausos. "Dilma foi a Londres, conhece Nova York, vai em outubro a Washington, mas tenho a convicção de que ela voltará de Adis Abeba mais africana do que eu. A viagem vai fazer um bem extraordinário à cabeça dela", emendou.

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